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Com o avanço dos casos de coronavírus em Portugal, o governo português decidiu suspender temporariamente os voos para o Brasil na última quarta-feira (27). A medida, que entrou em vigor nesta sexta-feira (29), tem validade até o dia 14 de fevereiro e leva em conta a nova variante do coronavírus detectada em Manaus.
As regras que foram temporariamente estabelecidas para voos com o Brasil é a mesma que os lusitanos criaram para voos vindos do Reino Unido, que também detectou uma variação do coronavírus no país. O chanceler português, Augusto Santos Silva, disse a chancelaria brasileira que a decisão foi tomada “como resposta ao aumento do número de casos de Covid naquele país e não em função da situação no Brasil”.
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Em entrevista a CNN Brasil, o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, justificou a medida e explicou a situação do país em meio a pandemia. “Essa decisão é necessária e temporária. O que acontece é que a situação em Portugal está complicada neste momento. Estamos tentando tomar todas as medidas possíveis para conter o aumento dos casos e mortes”, afirmou Ramos.
Durante o período de suspensão dos voos para o Brasil será permitido apenas voos de natureza humanitária a fim de repatriamento.
Brasileiros em Portugal
As restrições impostas pelo governo português por conta do avanço do coronavírus em Portugal tem afetado os brasileiros. Quem estava no país com bilhetes já emitidos para volta em fevereiro está sem saber o que fazer para o regresso ao país.
Brasileiros reportam que receberam do Consulado-Geral do Brasil em Lisboa a informação “de que não tem data prevista para um voo de repatriamento”. O caminho oposto também gera bastante dúvidas. Brasileiros que moram em Portugal, mas estão no Brasil passando férias também estão sem saber o que farão com os bilhetes emitidos no prazo de restrição.
Situação epidemiológica
De acordo com o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde divulgado na quinta-feira (28), o coronavírus em Portugal levou mais de 303 a morte naquele dia e ao registro de 16.432 novos casos de infecção. Há 6.565 doentes hospitalizados, dos quais 782 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
