Se você conhece algum brasileiro que decidiu deixar o Brasil para viver na Europa ou em outro continente, com certeza pode ter ouvido um depoimento de uma pessoa que se adaptou bem ou que não se adaptou e sofre até hoje com a diferença cultural, gastronômica, e claro, a saudade que ainda tem da família e dos amigos. Essa é uma parte da dificuldade de mudar de país.
ALERTA!
O que você lerá nas linhas abaixo precisa SIM ser levado em consideração antes mesmo de decidir imigrar!
Toda a dificuldade que se impõe nesse processo de mudança e adaptação passa pelo lado sentimental conduzido pelas suas emoções. É muito comum que, mesmo que você goste do seu trabalho neste país, ou até do seu ciclo de amizade, o pensamento intenso e constante no país de origem gere um sentimento de repulsa por todos os outros processos que você vive nessa nova nação.
Leia também
Como morar em Portugal, guia para mudar
As 9 cidades mais baratas para morar na Europa
Vamos começar do início! É fato que todo processo de mudança, desde os primeiros passos para concretizar esse desejo gera desgastes e expõe de início a dificuldade de mudar de país. Quando você inicia o seu processo de obtenção de cidadania, levanta o recurso para arcar com essa mudança, localiza um lugar para te abrigar, além da viagem que é um pouco longa.
Com o consumo de uma grande energia nesse primeiro processo, chegar num outro país e se deparar com a burocracia para a sua legalização e a busca por uma oportunidade de trabalho e suas dificuldades pode disparar um alerta que leve a seguinte impressão: eu não gosto desse lugar.
Não é fácil, mas também não é impossível! Todos passaram por isso, uns com mais intensidade, outros de uma forma mais moderada. Entenda que isso é um processo natural e até um europeu ao chegar no Brasil pode encontrar a mesma dificuldade que você.
Superado os primeiros passos, há outros fatores que com o tempo podem aflorar mais, que são eles:
A dificuldade de mudar de país
– Família
Um fator que sempre recomendamos pensar antes de decidir mudar para a Europa é responder essa pergunta: sentirei muita falta da minha família? Há pessoas que chegam nesse novo país e lavam um prato pensando na mãe, vê um carro passar na rua e lembra do pai, come um fast food e lembra dos irmãos e vive 24 horas pensa na família que deixou no Brasil.
É óbvio que ao mudar você não precisa abdicar as suas origens, mas revivê-las todos os dias te impedirá de se adaptar a essa nova realidade. Tenha contato com a sua família regularmente, mas entenda que agora você vive uma outra realidade, que esse novo país europeu é o seu novo lar.
– Língua
Nós sempre recomendamos atenção nessa questão ao escolher o seu país destino. Há países na Europa que falam inglês, português, italiano, espanhol, francês, alemão, dentre outras línguas. Então, não escolha um país apenas pela sua almejada qualidade de vida, mas também leve em conta a dificuldade que você pode ter ao aprender uma outra língua.
Grande parte dos brasileiros que escolhem algum país da Europa que não fala o português acabam se frustrando, pois só se relacionam com brasileiros, não aprendem a língua local, e, consequentemente, não conseguem evoluir nos seus relacionamentos e também em conseguir um trabalho melhor.
Se essa é sua escolha, se abra para antes mesmo de sair do Brasil iniciar um curso e já começar a viver essa realidade e minimize a dificuldade de mudar de país.
– Gastronomia
Essa pode ser mais uma justificativa para você odiar o local que você escolheu. Uma das coisas que mais estranhamos foi não ter o nosso arroz e feijão. Digo isso em restaurantes e até em supermercados para comprar. A minha mãe teve grande dificuldade em todas as vezes que esteve visitando a Suíça, pois sentia muita falta do seu amado arroz com feijão.
Se abra para um novo paladar, para comer massas e os pratos locais que na grande maioria dominam os cardápios. Assim como você se abriu para viver um novo momento em outro país, também se permita incluir novos sabores.
– “Nada presta nesse lugar”
Olha, já ouvi muito isso de muita gente. Mas quando eu parava para ouvir a experiência da pessoa naquele país é exatamente tudo isso que descrevemos acima e muito mais. Por haver muitas diferenças culturais, as pessoas frustradas negativam tudo nessa nova nação.
Falam mal do povo, do comércio, dos preços (falaremos sobre isso mais adiante), da qualidade dos produtos do mercado, mas não largam o osso. Por quê será, né? Sim, essa é uma realidade e se você estiver chegando pode até desanimar.
Por ser uma nova realidade, é preciso entender que esse não é o Brasil. São pessoas que não te conhece, muitas vezes abertos a se relacionar apenas com o seu círculo de relacionamento, então não é da noite pro dia que você vai entrar nesse universo e viver ali como se morasse há tempos.
– “Tudo é caro e agora não se paga bem”
Uma das primeiras coisas ao mudar dentro de você ao mudar de país é que: se você ganha em Euro, você compra em Euro. Não existe morar na Europa e você ir no supermercado comprar um tomate e converter para o Real tudo que você comprar. NÃO EXISTE! Retire isso da sua vida.
Só leve em consideração o Real do Brasil quando você comprar as suas passagens de férias para matar a saudade com a sua família. Também observe que, há países europeus onde as coisas serão mais caras, mas você também ganhará mais, assim como há outros países onde os será mais barato e você ganhará menos.
Houve um tempo onde de fato muitos brasileiros ganharam muito dinheiro na Europa. Hoje os ganhos estão um pouco menores, mas nem por isso o poder de compra está limitado.
Essa é uma lista que expõe um pouco da dificuldade de mudar de país e as queixas que existem de brasileiros pelo mundo. Mas entenda algo: você não é como todos eles, esteja aberto para essas dificuldades que virão e se adapte a elas, pois só assim você alcançará a qualidade de vida que você tanto almejou ao decidir imigrar.
