Receba as nossas dicas em seu celular, clique para acessar o canal MORAR NA EUROPA no Telegram e nosso perfil no Twitter.
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, assinou nesta terça-feira (13) um novo decreto com medidas para conter a segunda onda da pandemia da covid-19 no país.
O texto passa a valer nesta quarta (14) e ficará em vigor ao menos até o dia 13 de novembro. As restrições foram decididas após uma longa reunião do Conselho dos Ministros na última segunda-feira (12) e incluem o fechamento de bares e restaurantes à meia-noite, a proibição de festas em lugares abertos ou fechados e a suspensão de excursões escolares e competições esportivas amadoras que tenham contato físico.
Além disso, o governo determinou que, após as 21h, bares e restaurantes só poderão servir clientes que estiverem sentados em suas mesas, em uma medida para tentar coibir as aglomerações durante a “movida”, palavra espanhola que acabou incorporada ao léxico italiano como sinônimo de vida noturna e “happy hour”.
O decreto também “recomenda fortemente” que as pessoas evitem dar festas em casa e não recebam mais do que seis pessoas ao mesmo tempo em sua residência. Para almoços e jantares ligados a cerimônias religiosas, como casamentos e batismos, o governo estabeleceu um limite de 30 convidados para tentar pôr um freio nos casos de covid.
Leia também
Coronavírus na Europa: novas restrições para conter doença
Desemprego na Europa não para de aumentar, aponta Eurostat
Os estádios de futebol continuam abertos, mas com limite de 1 mil torcedores por partida. O uso de máscaras de proteção é obrigatório tanto em lugares abertos quanto fechados, a não ser em residências privadas ou caso a pessoa esteja em áreas isoladas, como montanhas ou bosques.
“Aprovamos novas medidas restritivas porque, se agirmos agora, podemos preservar a saúde dos cidadãos e evitar um novo lockdown”, escreveu no Facebook o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio.
O país voltou ao patamar de aproximadamente 5 mil novos casos da covid por dia, número que não era visto desde o fim de março, no pico da pandemia.
As mortes também estão em alta – cerca de 30 a cada 24 horas -, com oito semanas seguidas de crescimento, mas seguem longe do auge da crise, quando a Itália chegou a ter mais de 900 óbitos por dia.
A principal preocupação do governo diz respeito ao aumento dos casos ativos, que descartam mortos e curados e chegaram a 82.764 na última segunda, maior número desde 10 de maio, ainda antes do fim do lockdown.
Desse total, 452 estão internados em UTIs, maior cifra desde 29 de maio.
Com informações da agência SANA