Estaria a Itália, um país-membro da União Europeia, disposta a abandonar o bloco econômico após 69 anos da sua fundação? Depois da brecha aberta pelo Reino Unido com o Brexit, alguns políticos italianos lançaram a campanha “Italexit” e têm defendido essa ideia. O movimento está tão usado que um novo partido está sendo lançado para abrigar os políticos que abraçam essa ideia.
O movimento de saída da União Europeia tem ganho força na Itália há algum tempo quando eurocéticos tem culpado o bloco econômico pela estagnação financeira crônica que o país vive na última década, além do fardo que tem sido lidar com a grave onda de imigração vinda da África. A grande voz do movimento anti-União Europeia, o “Italexit”, é o senador Gianluigi Paragone.
Antes de continuar o texto, não deixe de salvar o artigo “população da Itália perdeu meio milhão de habitantes”.
Qual a possibilidade do Italexit dar certo?
O movimento contrário ao bloco econômico europeu já existe há alguns anos na Itália, mas nunca ganhou tamanha repercussão como foi o Brexit entre os britânicos. Recentemente, a União Europeia foi alvo de muitas críticas por parte dos italianos que acreditam não ter recebido assistência suficiente dos integrantes do bloco para enfrentar a pandemia do coronavírus.
Apesar dessa retórica tentar ganhar força nessa momento novamente, isso não necessariamente reflete o que os italianos pensam sobre a sua participação no bloco econômico. Um dos adeptos dessa dissidência chamada Italexit é o senador de extrema direita Matteo Salvini, mas até ele tem suavizado o discurso de deixar a União Europeia para tentar ganhar mais prestígio, o que após ser praticamente expulso de Nápoles no último mês enquanto fazia um comício.
Se o Italexit será de fato um caminho a ser seguido é muito precoce dizer qualquer coisa, afinal, até para o Brexit do Reino Unido foram cinco anos até que tudo fosse realmente conduzido para o abandono da União Europeia.